Prost* Começo mais essa coluna trazendo um tema que bastante gente gosta: a velha e boa cerveja.De antemão eu já digo que não sou grande conhecedora do assunto, no sentido estudioso da palavra, lógico – mas de beber eu entendo. Por isso, nada do que escreverei aqui é um tratado sobre a cerveja e sim, uma abordagem leve e divertida, com o olhar de quem acabou de voltarda terra DA cerveja. Ou será que eu acabei de chegar NA terra da cerveja?
Que o brasileiro é bem chegando no líquido fermentado isso não é segredo para ninguém, não é a toa que nós somos o terceiro maior mercado do mundo. Só no ano passado, aqui no Brasil,foram produzidos 12,4 bilhões de litros gerando um consumo de 53,3 litros por habitante aoano. É muita cerveja! Por aqui, o tipo mais encontrado à venda é o Pilsner. É esse tipo mesmoque estamos acostumados, aquela cerveja mais “levinha”, clarinha e que refresca o corpo todocom um único gole… Já deu vontade de abrir uma para continuar lendo o resto da coluna?Fique à vontade, eu espero você voltar!
“Mas, e a Alemanha? Não é tão famosa pelas suas cervejas?” Você me pergunta e eu respondo: Sim, no ano passado o país germânico foi ultrapassado pelo Brasil no ranking domercado cervejeiro, mas isso não siginifica que a tradição alemã também tenha ficado para trás. Enquanto aqui no país o mercado é dominado por alguns grandes grupos, lá na Alemanha eles têm cerca de 1.350 cervejarias produzindo mais de 5.000 marcas. É preciso uma vida inteira para conseguir provar todas, vá por mim. Pasmem: por lá, cerveja é mais barata do que água e refrigerante. Aquela cervejinha alemã que você sai para tomar num bar aqui no Brasil– naquele dia de extravagância – porque você merece, oras, mas paga 18 sofridos reais por garrafinha, lá não passa de 90 centavos no mercado ou, no máximo, 3 euros no restaurante.
Não preciso nem falar da Oktoberfest que acontece todo ano em Munique, né? É claro que preciso! Imagina uma festa com duas semanas de duração onde a cerveja é a estrela-mor ? São 6 milhões de visitantes bebendo como se não houvesse amanhã. Réplicas da festa atravessaram o atlântico e chegaram ao Brasil, mas não tem jeito, o bicho pega é na Alemanha mesmo. De qualquer forma, toda hora é hora para abrir aquela cerveja gelada, né? Por falar em gelada, existe o mito de que na Alemanha a cerveja é quente. Bom, eu nunca tomei cerveja quente por lá, mas acredito que, por causa do clima, as mais consumidas são as Weizenbien,ou seja, cerveja de trigo. Essas são mais encorpadas, pesadas, mas nem por isso menos gostosas. A propósito, elas são as minhas favoritas. O copo padrão onde elas são servidas é o tipo troféu (ou tulipa) de 500ml. A latinha de tamanho normal que nós estamos acostumados por aqui também não existe por lá – acredito que o tamanho mínimo é o de meio litro.
Para finalizar, os alemães bebem no Biergarten que, traduzido ao pé da letra, é o Jardim da Cerveja. Não é lindo? Eles têm locais próprios em parques, com longas mesas onde todos,juntos e misturados, brindam à vida e aos 2 meses de verão. Aqui nós temos o churrasco,verão o ano inteiro, a praia, o camarão e o caranguejo. Tá tudo certo! Saímos todos no lucro, porque em comum, temos a cerveja!
*palavra alemã equivalente ao nosso “saúde” na hora do brinde.
Para saber os tipos de cerveja que eu provei por aí, clica!
Dicas, críticas ou sugestões: rapha@raphanomundo.com
7 comments on “cerveja é na Alemanha”
Fui a alemanha ano passado, no verão. Fiquei em berlin e era comum ver as pessoas tomando cerveja às 7h da manhã na calçada do lado de fora das vendinhas. E a cerveja realmente era quente e o preço, risório. Cheguei a pagar 3 euros em uma garrafinha de água de 500ml e 0,70 euros em uma cerveja! Os bebedores de plantão começavam a beber na hora que as vendas abriam, por volta das 6h 30m, 7h e só paravam quando não conseguiam mais se dirigir ao estabelecimento para comprar mais. Era comum eu sair do hotel de manhã cedinho e ao voltar já de noite e encontrar as mesmas pessoas bebendo, todos os dias da semana! Acho que se compararmos os brasileiros e alemãs no quesito beber cerveja, somos meros amadores! hahaha
Beijos!
É Thaís, nós ainda estamos engatinhando nesse quesito! Acho que a gente só se aproxima dos alemães (na bebedeira) em épocas festivas como o carnaval, por exemplo. Obrigada pela visita!
Beijo :)
Oi Rapha, acredito que houve um equívoco (ou erro de digitação) na palavra saúde que você colocou em alemão, o certo é PROSIT. ;)
Olá Ana, não houve equívoco não. As duas formas são aceitas, porém o Prost é mais informal (e mais usado) do que o Prosit! :)
Obrigada pela visita!
O certo é “Prost” mesmo! Eu moro há pouco tempo aqui na Alemanha e vejo muitos brasileiros pensando que o certo é “Prosit”, mas nao é! Só se fala “Prost” e “zum Wohl”.
“Prosit” só é utilizado para cantar a música da Oktoberfest! Mais nada!
Rapha, comecei a cozinhar por ter saído das aconchegantes asas da minha mae (hahaha) e devo te dizer que seu blog ajuda muito! Acho que já vi todas as receitas e estou sonhando com o pave do amor! hahaha
Beijo!
adoro aprender com vcs :-)
Quando estive em Berlin, observei as pessoas bebendo cerveja junto com bebida licorosa, servida em uma espécie de cálice, o quê seria?